LUAR INCANDESCENTE
Dizem que os sonhos
Dão fruto...
Mas às vezes,
É ele – o fruto –
O próprio sonho.
Por isso
As primaveras repetem-se
E, às vezes,
Março renasce
Em pleno Setembro...
...E irrompem, também às vezes,
viçosas azedas
Por entre perfumadas castas
De videiras.
Às vezes, ainda,
No espelho dos olhos,
Um luar incandescente
Derrete dramaticamente
A espessa neve
Onde misticamente
Sobrevivem as papoilas de Agosto.
...Ainda, às vezes,
A noite é profunda
Em plena madrugada,
Porque é frondoso e alucinante
O musgo onde a noite
Devoradora de frutos
Adormece...
...Adormece, deitada.
José Gama
Dizem que os sonhos
Dão fruto...
Mas às vezes,
É ele – o fruto –
O próprio sonho.
Por isso
As primaveras repetem-se
E, às vezes,
Março renasce
Em pleno Setembro...
...E irrompem, também às vezes,
viçosas azedas
Por entre perfumadas castas
De videiras.
Às vezes, ainda,
No espelho dos olhos,
Um luar incandescente
Derrete dramaticamente
A espessa neve
Onde misticamente
Sobrevivem as papoilas de Agosto.
...Ainda, às vezes,
A noite é profunda
Em plena madrugada,
Porque é frondoso e alucinante
O musgo onde a noite
Devoradora de frutos
Adormece...
...Adormece, deitada.
José Gama
(Foto de Isabel)